sexta-feira, 8 de maio de 2015

Resenha: O Rei de Amarelo





Título: O Rei de Amarelo
Autor: Robert W. Chambers
Editora: Intrínseca
Idioma: Português (Idioma original: Inglês)
Gênero: Thriller
Crítico: Wesley Rocha




O Rei de Amarelo
é um livro que contém 10 contos, parte deles de terror e fantasia e a outra parte de romance realístico. Como dito na última onda: o livro inspirou a trama da série "True Detective" que inclusive há um personagem que se denomina "O Rei".

Comentário do autor de True Detective sobre o livro:
“A ideia de terror cósmico se tornou parte real do ambiente da série, principalmente para os que conhecem o trabalho de Chambers.” - Nic Pizzolatto, roteirista da série True Detective
O livro foi escrito por Robert W. Chambers e publicado pela primeira vez em 1895, mas a Editora Intrínseca publicou no ano passado uma edição incrível, com comentários e introdução ótimas feitas por Carlos Orsi. Honestamente o meu interesse em comprar e ler o livro se deu à relação que a série True Detective utilizou(quem leu a última postagem sabe como eu gostei da série). E o meu interesse foi satisfeito pois gostei bastante do livro.

Os contos são vistos como divididos em 3 partes dentro do livro. Parte 1: "O reparador de reputações", "A máscara", "No Pátio do Dragão" e "O emblema Amarelo", onde há a direta citação sobre "O Rei de Amarelo" e todos com grande tons de terror e fantasia; Parte 2: "A demoiselle d'Ys" e "O paraíso do profeta", é o meio que divide as dois opostos que há no livro; Parte 3: "A rua dos quatro ventos", A rua da primeira bomba", "A rua de Nossa Senhora dos Campos" e "Rua Barrée", que são os contos realistas.

Os contos da "primeira parte" fazem alusão à peça "O Rei de Amarelo" que atormenta a todos que a lerem, principalmente a sua segunda parte, tida como a mais perturbadora da peça. Que são incríveis! Eu largava o livro a cada final surpreendente, mas logo voltava a ler para ver as surpresas que me esperavam nos próximos contos.
"Meu olho bateu em um livro encadernado em pele de cobra, encostado em um canto da primeira prateleira da última estante. Eu não me lembrava dele e, do chão, não decifrei as lestras pálidas na lombada.

-Que livro é esse? - perguntei.

- O Rei de Amarelo.
Fiquei pasmo. Quem o teria colocado ali? Como ele chegara a meus aposentos? Havia muito tempo eu decidira que nunca deveria abrir aquele livro, e nada no mundo me persuadiria a comprá-lo. Temeroso de que a curiosidade pudesse me tentar a abri-lo, eu nunca seques olhara para ele em livrarias. Se eu alguma vez tivera curiosidade em lê-lo, a terrível tragédia do jovem Castaigne, que eu conhecia, fez com que eu não explorasse suas páginas perversas. Sempre me recusei a ouvir qualquer descrição sobre o livro, e, na verdade, ninguém jamais se aventurou a discutir a segunda parte em voz alta, então eu não tinha absolutamente nenhum conhecimento do que aquelas páginas poderiam revelar. Olhei para a encadernação malhada e peçonhenta como olharia para um cobra."
(Trecho de "O Emblema Amarelo")

A "terceira parte" é bem oposta à primeira e por isso é tida como a mais chata para alguns leitores, porém eu recomendo que à leiam, pois mesmo sem o terror e a fantasia os contos são ótimos provando a maestria de Chambers.

Eu, particularmente, adorei o livro, ainda mais com essa edição "vintage". Recomendo aos fãs de H.P.Lovecraft e Stephen King, afinal foram inspirado por Chambers. 

Quem já leu, deixe seu comentário abaixo. E você que não leu, tá esperando o quê? Até a próxima onda! 

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